Artigo Revista Viver Nutrilite - Clínica Luciana Godoi

Artigo Revista Viver Nutrilite

Entrevista concedida a revista Ana Maria em 16/07/2009
17 de agosto de 2015
Entrevista Revista Pool Life 18/11/2009
17 de agosto de 2015

O sol é essencial para a saúde de nossa pele. Entretanto, com os problemas ambientais que degradaram a camada de ozônio, expor-se ao sol requer alguns cuidados. Dessa forma, a fotoproteção tornou-se essencial para garantir uma pele saudável.

 

A importância da fotoproteção

O sol é a principal fonte de radiação ultravioleta para nosso planeta. São três as categorias de radiações ultravioleta: ultravioleta C (UVC), ultravioleta B (UVB) e ultravioleta A (UVA).

Os raios UVC são os mais danosos. Entretanto, não atingem nossa pele, pois são barrados na camada de ozônio. Entretanto é indispensável o uso de protetor solar mesmo em locais fechados, pois os raios UVC estão presentes nas lâmpadas de mercúrio. Já os raios UVB e UVA chegam à superfície e agem nos tecidos vivos.

Os raios UVB atingem a epiderme (camada externa da pele) e são responsáveis por 80% dos danos provocados pelo sol. São eles que causam a sensação de ardência, vermelhidão da pele e queimaduras. Os efeitos das radiações UVB, a longo prazo, são cumulativos, provocando o aparecimento de lesões précancerosas e até o próprio câncer de pele.

A camada de ozônio bloqueia a passagem dos raios UVC e filtra os raios UVB, mas existem falhas nessa camada protetora em diversas áreas do planeta. Diante desses fatos e conhecendo os efeitos das radiações solares na pele, a fotoproteção torna-se importantíssima para a manutenção da saúde da pele.

Muitas pessoas acreditam que para evitar os problemas causados pelo sol devemos evitar a exposição a ele. Mas não é bem assim, como explica a dermatologista e cosmiatra Luciana Godoi Corrêa. “Embora saibamos que a superexposição ao sol pode ser bastante prejudicial à pele, não é necessário renunciar às atividades ao ar livre para reduzir as probabilidades de desenvolver efeitos indesejados. É importante usar de bom senso ao tomar sol e proteger a pele. Não convêm usar lâmpadas solares, institutos de bronzeamento e camas bronzeadoras que imitam as radiações UV.”

Basta tomar algumas precauções, como ensina a dermatologista:

• Aplique um protetor solar eficaz sobre a pele, na quantidade adequada, repetindo a aplicação.

• Cubra a pele – as roupas constituem parte importante na proteção eficaz contra o sol.

• O uso de chapéu de abas largas é um bom método de proteção contra a exposição solar.

• Evite a exposição entre as 10 e 16 horas, pois nesse período a radiação UV é menos retida pela atmosfera, ou seja, os raios do sol são mais fortes e potencialmente mais danosos à pele.

Quanto mais cedo, melhor

A proteção contra os raios ultravioleta deve ser realizada desde a primeira infância, pois a pessoa sofre os efeitos cumulativos do sol nos primeiros 20 anos da vida. “A proteção solar adequada de crianças e bebês previne o surgimento do câncer da pele na idade adulta, além de garantir uma vida e aparência mais saudáveis”, afirma Luciana Corrêa.

Dessa forma, o uso do protetor solar pode ser iniciado a partir dos 6 meses de idade. A dermatologista afirma que “para bebês entre 6 meses e 2 anos é recomendado o uso de produtos específicos, sem filtros químicos.  Para crianças acima de 2 anos, é recomendado o uso de protetor solar pelo menos com FPS 30 e proteção UVA. Dependendo do nível de exposição solar (alto-mar, barcos, etc.) o nível de proteção pode ser aumentado até FPS 60”.

Diante dessa constatação, o uso do protetor solar deve ser diário, e não somente quando estamos na praia ou na piscina. “O ideal é aplicar o protetor 30 minutos antes da exposição ao sol, e o mesmo deve ser reaplicado após secar-se com toalha, transpirar excessivamente, nadar ou a cada duas horas”, explica Luciana Corrêa.

Para o dia-a-dia é ideal o uso de um protetor solar com no mínimo FPS 15. Já quando estamos expostos, o ideal é que o FPS seja pelo menos 30. Quanto mais clara a pele da pessoa, maior deve ser o fator de proteção.

A dermatologista ressalta que “um bom protetor solar deve ser de amplo espectro, ou seja, deve bloquear tanto as radiações UVA quanto UVB”.

 

Mais proteção, menos rugas

Muitas pessoas não sabem, mas a exposição solar excessiva contribui para o envelhecimento da pele. Dessa forma, além de evitar os males causados à pele a fotoproteção é essencial para combater os efeitos do tempo.

Luciana Corrêa explica como o sol podeafetar esteticamente a pele. “Os danos na peleinduzidos pelos raios UVA são oxidativos e desencadeiam a formação de radicais livres. Estes podem danificar os núcleos das células onde foram formados (no caso do sol – células da pele), provocando danos estruturais ou malignização. Essas reações que ocorrem na derme (camada média da pele) provocam uma alteração na estrutura de sustentação da pele, constituída pelas fibras de colágeno e elastina. Isso caracteriza o fotoenvelhecimento da pele, que em geral apresenta alterações na textura e na cor (áspera e amarelada) e também pode induzir o surgimento de manchas, pequenas veias dilatadas, rugas, flacidez e ressecamento, entre outros”

Dra. Luciana Godoi Corrêa é médica formada pela Universidade Federal de São Paulo. É Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e em Cosmiatria pela Universidade Federal de São Paulo.

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